domingo, 28 de outubro de 2012


Cervo-do-Pantanal

O cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), também chamado cervo, suaçuetê, suaçupucu e veado-galheiro, é um mamífero ruminante da família dos cervídeos. É o maior veado da América do Sul. Vive, originalmente, nas regiões pantanosas e ao longo das bordas das florestas do Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia e Argentina. Os cascos desse animal podem ficar completamente abertos e
as duas metades em que eles se dividem se mantém unidas por uma membrana interdigital. Esses cascos evitam que o animal afunde no lodo.


O cervo-do-pantanal é extremamente dependente de plantas aquáticas, de forma que habita áreas inundáveis com até 60cm de profundidade e com uma cobertura vegetal baixa, com territórios de até 64km² para os machos e 33km² para fêmeas. Ambientes ótimos para o cervo-do-pantanal se caracterizam pela presenaça de ciperáceas e gramíneas e é possível que ele se adapte a áreas mais antropizadas, desde que não seja caçado.Já habitou extensas áreas do Brasil Central, Bolívia, Paraguai, Peru e Argentina. Entretanto, sua distribuição está reduzida e restrita muitas vezes, a populações isoladas, como o que ocorre no estado de São Paulo (apenas são encontrados no Parque Estadual Aguapeí e Parque Estadual do rio do Peixe). No Pantanal, na Ilha do Bananal, no rio Araguaia e no rio Guaporé e em várzeas remanescentes do rio Paraná, essa espécie ainda é relativamente comum.

É o maior cervídeo da América do Sul, com os machos pesando até 130 kg. Estes, possuem chifres ramificados, com até 6 ramos em cada lado, atingindo até 50 cm de comprimento. Possui uma pelagem castanho-avermelhada com o focinho e as extremidades dos membros pretas, sendo que os cascos chamam atenção por possuírem membranas interdigitais.

As observações do cervo-do-pantanal sempre foram em regiões que são alagadas durante a estação chuvosa (principalmente onde existe a gramínea Andropogon) e sua dieta constitui-se de pelo menos 35 espécies vegetais, principalmente, plantas aquáticas como a Pontederia cordata.


Pouco se sabe do comportamento dessa espécie na natureza. Costuma não ser ativo à noite, e andar isolado, embora, possa ser avistado em grupos de até 5 indivíduos, sendo que geralmente, tais grupos constituem-se de fêmeas com filhotes, já que não foi constatada a formação de harens. As fêmeas se reproduzem uma vez por ano, com uma gestação de 271 dias, parindo apenas um filhote por gestação (dificilmente dois). Existe um pico no acasalamento entre outubro e novembro, mas é possível avistar mãe e filhotes o ano todo,

Fonte: Wikipedia

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