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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Butritizeiro
 (Mauritia flexuosa)


O butritizeiro é uma palmeira frutífera não cultivada, porém muito frequente em seu habitat natural nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, em toda a região amazônica, Brasil central, Maranhão, Piauí, Ceará, Minas Gerais e São Paulo, nas matas de várzeas úmidas junto a rios e em áreas periodicamente inundadas.

Os frutos jovens do buriti possuem escamas com coloração marrom-clara e os maduros, escamas escuras, como cobre. Caem do cacho, de outubro a março, e devem ser coletados no chão. Logo que caem, apresentam escamas muito aderentes à polpa dura. Como o buriti é típico de área úmida, é hábito deixar os frutos nas lagoas para amolecer a polpa.

Com essa polpa é preparado o “vinho-de-buriti” (a polpa batida com água), pode-se fazer mingaus, adicionar a sopas, fazer bebidas ao natural ou fermentadas, geléia, doces pastosos ou em tabletes, sorvetes e picolés. Também se extrai o óleo e a fécula e da seiva é possível a produção de açúcar. 

Da parte vegetativa extrai-se o palmito; do caule retira-se uma seiva adocicada, que contém cerca de 93% de sacarose e da qual fabrica-se o vinho; da medula do tronco retira-se a ipurana, uma fécula cuja qualidade e sabor assemelham-se ao sagu e farinha de mandioca.

A efetividade do doce de buriti no tratamento e prevenção da xeroftalmia foi testada em estudo com 44 crianças. Os resultados demostraram que este alimento, naturalmente fonte de vitamina A, pode reverter a xeroftalmia clínica e restaurar reservas hepáticas da vitamina. Sugere-se sua possível utilização em programas de intervenção para combater a hipovitaminose A nas regiões onde a fruta é nativa ou há potencial para cultivo.

Conhecida também como miriti, carandá-guaçú, carandaí-guaçu, muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos, mariti, bariti, meriti.



Fonte: BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição. Alimentos regionais brasileiros. Brasília: Ministério da Saúde, 2002.

LORENZI, Harri et al. Frutas brasileiras e exóticas cultivada: de consumo in natura. São Paulo, Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2006.

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