Guaraná
O guaranazeiro é um arbusto encontrado no Brasil, especialmente na região da Amazônia, e Venezuela. Seu fruto, o guaraná, é relativamente pequeno, possui uma casca vermelha e polpa branca. O guaraná se assemelha muito com a forma de um olho.
Os guaranazeiros se adaptam bem em climas quentes e úmidos, com temperaturas médias de 26ºC. A colheita do guaraná é feita de forma manual, retirando cacho por cacho. Após isso, os grãos ainda são fermentados e secados, resultando no grão de guaraná torrado.
O guaraná contém um grande teor de cafeína (2 a 5% contra 1 a 2% do café), conferindo a ele a capacidade de diminuir a fadiga física e mental, produzir uma maior rapidez de raciocínio, entre outras. O guaraná também possui ação tônica cardiovascular, diurética, auxilia no combate a cólicas e enxaquecas. O guaraná é utilizado na fabricação de xaropes, barras, pós, refrigerantes e pela indústria farmacêutica.
A lenda do guaraná
As tribos de Munducurucânia eram as mais prósperas dos índios. Venciam todas as guerras, as pescas eram ótimas, os peixes, os melhores e a doença era rara. Tudo isso por causo de um curumim que, há alguns anos, nascera naquela tribo.
Ele era o mais protegido de todos. Nas pescas, era acompanhado por muitos - os pescadores desviavam dos rios as piranhas, jacarés ou qualquer outro perigo. Mas, certo dia, toda a segurança foi embora: o Gênio do Mal apareceu em forma de cascavel e feriu o garoto. A tribo entrou em lamentação e em desespero.
Tupã, o Deus dos índios, atendeu a todo aquele lamento e disse :
- Tirem os olhos do curumim e plantem-no na terra firme, reguem-no com lágrimas durante 4 luas e ali nascerá a "planta da vida", ela dará força aos jovens e revigorará os velhos.
Os pajés não duvidaram, arrancaram e plantaram os olhos do curumim e regaram com lágrimas durante quatro luas.
Nasceu ali uma nova planta, travessa como as crianças, com hastes escuras e sulcadas como os músculos dos guerreiros da tribo. E quando ela frutificou, seus frutos de negro azeviche, envoltos de um arilo branco com duas cápsulas de cor vermelho-vivo. Diziam os índios:
- É a multiplicação dos olhos do príncipe!
E o fruto trouxe progresso da tribo. Ajudou os velhos e deu mais força aos guerreiros.
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