sábado, 31 de agosto de 2013


Albatroz-gigante
 (Diomedea exulans)

Também chamado de albatroz-errante e albatroz-viageiro, o albatroz-gigante (Diomedea exulans) é uma ave procellariiforme da família Diomedeidae que ocorre na maior parte do oceano austral.


Características

Mede 120 cm., os machos pesam entre 8,2 e 11,9 kg, enquanto que as fêmeas pesam entre 6,0 e 8,0 kg., chegando até 11 kg. A envergadura é maior nos machos e pode ser entre 2,7 até 3,7 m. É a maior das aves. Grande bico amarelo ou rosado; as narinas abrem para cima. 

Plumagem branca com a ponta das asas negras. Os filhotes são quase totalmente marrom ao deixarem o ninho, mas com a idade adquirem a plumagem branca e cinzenta, sendo machos mais brancos que as fêmeas. Sendo o maior passaro vivo chega a 3,70 m. de envergadura.

Alimentação

Forrageia no talude ou fora da plataforma continental, onde captura presas principalmente na superfície do mar, dada a limitada capacidade de submergir. Alimentam-se principalmente de lulas (35% da massa consumida pelos filhotes) e peixes (45%) mas também podem consumir carniça (como mamíferos marinhos mortos), tunicados, águas-vivas e crustáceos. 

A maior parte do alimento é obtida durante o dia, embora possam procurar comida durante as noites, onde é visto boiando ao sabor das ondas, para capturar peixes, moluscos e crustáceos na superfície do mar.

Reprodução

Nidifica em ilhas subantárticas em colônias dispersas com posturas que ocorrem entre dezembro e fevereiro e que resultam num único ovo. A incubação, partilhada por ambos os pais, dura cerca de 11 semanas e o filhote resultante leva 40 semanas para deixar o ninho (entre novembro e fevereiro). O período reprodutivo é longo (55 semanas) e bi-anual. 

Os albatrozes-errantes têm uma expectativa de vida elevada e é provável que alguns indivíduos ultrapassem os 50 anos de idade. Consequentemente, os machos e fêmeas começam a se reproduzir relativamente tarde, com cerca de 11 anos.

Hábitos

Vive na maior parte do oceano austral, das margens do gelo que circunda a Antártica até o Trópico de Capricórnio. Pode atingir em vôo 160 km/h. Acompanha navios na plataforma continental, por vezes sendo vítima de espinhéis em barcos de pesca de atum.

Distribuição Geográfica

Pelágico, tem distribuição circumpolar entre 25 e 60 graus até o trópico de Capricórnio, raramente chegando até ao Rio de Janeiro. Encontra-se acidentalmente na costa brasileira.

Status de conservação: VU ( IUCN ); Apêndice II da Convenção de Espécies Migratórias (CMS).

Referências

-Joaquim Olinto Branco - Aves Marinhas.
-Ornitologia Brasileira - Helmut Sick.
-SIGRIST, T. Aves do Brasil: Uma Visão Artística, São Paulo: Editora Avis Brasilis, 2004.

Foto: http://flic.kr/p/dAumpG

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