Límulo
(Limulus polyphemus)
O límulo (Limulus polyphemus) é um artrópode quelicerado, também conhecido como caranguejo-ferradura. Apesar do nome, esta espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões que dos caranguejos (Crustacea) propriamente ditos. São representantes do mais antigo grupo animal, que ainda vive sobre a face da Terra.
Comportamento
Os límulos são normalmente encontrados no Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware), para onde comumente migram ano após ano.
Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as praias para desovar, durante as marés altas, nas noites de lua nova e cheia.
As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam na areia da praia; as larvas eclodem após duas semanas.
Podem atingir os 50 cm. Alimentam-se de moluscos, vermes e outros invertebrados. Seu habitat são as águas marinhas costeiras rasas, sobre fundos arenosos areia e lodosos.
Regeneração
Límulos possuem a rara habilidade de regenerar seus membros perdidos, de uma forma similar ao que fazem as estrelas-do-mar.
Pesquisa médica
Estes animais são extremamente valiosos como espécies para a comunidade de pesquisas médicas. Desde 1964 uma substância feita através do sangue (que é azul) dos Límulos, chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada contra endotoxinas bacterianas e na cura de várias doenças causadas por bactérias.
Os animais podem ser devolvidos à água após a extração de uma certa quantidade de seu sangue, fazendo com que essa busca não se torne um risco à sobrevivência destes artrópodes.
A vida de um único Límulo para extração sanguínea periódica pode valer até 2.500 dólares. O sangue destas criaturas é azul, o que é um resultado da alta concentração de hemocianina cuprosa ao invés da hemoglobina ferrosa encontrada, por exemplo, nos humanos.
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