sexta-feira, 6 de setembro de 2013


Límulo
 (Limulus polyphemus)

O límulo (Limulus polyphemus) é um artrópode quelicerado, também conhecido como caranguejo-ferradura. Apesar do nome, esta espécie está mais próxima das aranhas e escorpiões que dos caranguejos (Crustacea) propriamente ditos. São representantes do mais antigo grupo animal, que ainda vive sobre a face da Terra.


Comportamento

Os límulos são normalmente encontrados no Golfo do México e ao longo das costas do Atlântico Norte (Baía de Delaware), para onde comumente migram ano após ano. 

Durante toda a primavera esses animais sobem, aos milhares, até as praias para desovar, durante as marés altas, nas noites de lua nova e cheia. 

As fêmeas desovam em média 20.000 ovos por cova que cavam na areia da praia; as larvas eclodem após duas semanas. 

Podem atingir os 50 cm. Alimentam-se de moluscos, vermes e outros invertebrados. Seu habitat são as águas marinhas costeiras rasas, sobre fundos arenosos areia e lodosos.

Regeneração

Límulos possuem a rara habilidade de regenerar seus membros perdidos, de uma forma similar ao que fazem as estrelas-do-mar. 

Pesquisa médica

Estes animais são extremamente valiosos como espécies para a comunidade de pesquisas médicas. Desde 1964 uma substância feita através do sangue (que é azul) dos Límulos, chamada LAL (Limulus Amebocyte Lysate, em inglês) vem sendo testada contra endotoxinas bacterianas e na cura de várias doenças causadas por bactérias.

Os animais podem ser devolvidos à água após a extração de uma certa quantidade de seu sangue, fazendo com que essa busca não se torne um risco à sobrevivência destes artrópodes.

A vida de um único Límulo para extração sanguínea periódica pode valer até 2.500 dólares. O sangue destas criaturas é azul, o que é um resultado da alta concentração de hemocianina cuprosa ao invés da hemoglobina ferrosa encontrada, por exemplo, nos humanos.

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