quinta-feira, 8 de novembro de 2012


Tigre do sul da China

O tigre do sul da China (Panthera tigris amoyensis), também conhecido como tigre Amoy ou tigre de Xiamen, é uma das 6 subespécies de tigre ainda existentes. Os machos pesam entre 130 a 175 quilos, medindo entre 2,30 a 2,60 metros de comprimento, e as fêmeas pesando entre 100 a 115 quilos, medindo entre 2,20 a 2,40 metros de comprimento.


Durante muito tempo o tigre do sul da China habitava as florestas da região leste e sudeste da China, sendo muito reverenciado e respeitado pelos chineses antigos, tendo desempenhado importante papel na arte, pintura, literatura e superstições chinesas, a ponto de ser um dos doze signos do zodíaco chinês.

Até os anos 1950 os tigres chineses eram 4000, sendo mais numerosos até que os tigres siberiano e de Bengala. Tudo mudou em 1959, quando Mao Zedong, em meio ao fracassado Grande Salto Adiante, os declara pragas. Seguiu-se então uma brutal perseguição, na qual foram reduzidos a aproximadamente 200 em 1976, ano da morte de Mao. No ano seguinte tal situação foi revogada por parte do governo chinês, proibindo a matança de tigres selvagens. Porém os números continuaram a decrescer. Em 1982 as populações selvagens eram estimadas entre 150 a 250 indivíduos, e o governo chinês instituiu o programa "Salve o tigre".

O último tigre do sul da China selvagem conhecido foi morto em 1994. Estima-se que ainda existam em liberdade entre 20 a 30 indivíduos.

O zoológico de Berlim chegou a ter por volta dos anos 1900 tigres da subespécie chinesa, e ainda nos anos 1960 havia tigres chineses em alguns zoológicos da Europa Oriental, tais como Berlim Oriental, Praga, Kiev e Moscou. Segundo dados do final de 2008, existem apenas 81 exemplares de tigres do sul da China em cativeiro, todos eles na China, descendentes de um grupo de apenas 6 indivíduos. Isto significa que esta subespécie irá dentro de alguns anos se tornar extinta, devido a falta de uma diversidade genética necessária.


Os camponeses vêem o tigre como um devorador de homens e de gado doméstico. Na década de 1950 para cada tigre morto era paga uma recompensa. Poucos entenderam a súbita mudança de situação quando o governo proibiu por lei em 1977 a matança de tigres. Como resultado têm sido muito difícil a aceitação da lei e para compri-la. A caça extensiva têm continuado. Além disso os tigres chineses também têm sofrido com os efeitos da poluição e envenenamento vindo de fertilizantes químicos, perda de seu habitat original (para se ter idéia da situação 99% das florestas chinesas originais já foram destruídas, e as áreas frequentadas pelos tigres se encontram muito fragmentadas com os maiores tendo não mais do 500 quilômetros quadrados) e a redução no número de suas presas, o que muitas vezes leva os tigres a atacarem o gado dos fazendeiros (ou mesmo a atacar seres humanos), os quais em represália matam o tigre, seja a bala, seja por envenenamento, seja por armadilhas.

Fonte: Wikipedia

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